O número de homicídios provocados pelo uso de arma de fogo registrou
um crescimento de 412,7% no Rio Grande do Norte em apenas uma década. A
variação é 15 vezes maior que a média nacional do período, que ficou na
casa de 27%.
Os dados foram extraídos do Atlas da Violência 2018, levantamento
elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e
divulgado nesta terça-feira (5). O relatório é feito com base em dados
do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, o Rio Grande do Norte apresentou o maior aumento
percentual das mortes armadas no país no período entre os anos de 2006 e
2016. Em termos absolutos, no último ano da pesquisa, 1.569 pessoas
perderam a vida vítima de disparos de armas de fogo no estado. Em 2006, o
Rio Grande do Norte havia registrado 306 homicídios desse tipo.
A marcha acelerada de mortes por armas de fogo não é exclusividade do
Rio Grande do Norte. Acre (280%), Tocantins (219,1%) e Maranhão
(201,7%) acompanham o estado na escalada da violência. Nenhum deles,
porém, se aproxima do crescimento potiguar. No mesmo período, São Paulo
apresentou a maior redução percentual dos homicídios armados no país,
com queda de 52,8% dos casos.
Em termos quantitativos, o estado brasileiro onde mais se mata usando
arma de fogo é a Bahia. Em 2016, 5.449 pessoas perderam a vida vítimas
de disparos. O estado, no entanto, registrou aumento de 126,9% de
homicídios armados em uma década, taxa três vezes inferior ao registrado
no Rio Grande do Norte.
Além de ser o estado com maior crescimento de mortes por arma de
fogo, o Rio Grande do Norte também desponta como o estado com maior
avanço de mortes violentas no país. Em uma década, o número de crimes
saltou de 455 (2006) para 1.854 (2016). A variação foi de 307,5%, bem
acima da média nacional registrada, que foi de 25,8%.
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