Um levantamento realizado pelos professores Pablo Ortellado (USP),
Fabrício Benvenuto (UFMG) e pela agência de checagem de fatos Lupa em
357 grupos de WhatsApp encontrou entre as imagens mais compartilhadas
apenas 8% podendo ser classificadas como verdadeiras. O estudo buscou
analisar o fenômeno da desinformação e das mensagens falsas em grupos na
plataforma, que vem sendo apontada como principal espaço de
disseminação desse tipo de conteúdo.
O estudo analisou conteúdos enviados entre os dias 16 de setembro de 7
de outubro, ou seja, em boa parte do 1º turno das eleições deste ano. A
amostra trouxe 347 grupos monitorados pelo projeto Eleição sem Fake, da
UFMG. Os resultados, portanto, não podem ser generalizados. Mas trazem
indícios importantes para a compreensão deste fenômeno. Ao todo, eles
reuniram mais de 18 mil usuários. No período, circularam 846 mil
mensagens, entre textos, vídeos, imagens e links externos.
Das 50 imagens mais compartilhadas nos grupos checadas pela agência
Lupa, considerando foto e texto, apenas quatro foram consideradas
verdadeiras (8%), entre elas uma de Bolsonaro em uma maca e outra do
autor da facada no candidato, Adélio Bispo de Oliveira. Do total, oito
(16%) eram falsas, como a montagem de Dilma com Che Guevara.
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