terça-feira, janeiro 22, 2019

USP: molécula pode ajudar a combater insuficiência cardíaca.

Uma molécula desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) poderá aumentar a qualidade e a expectativa de vida das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca – hoje em torno de cinco anos para grande parte deles. A nova molécula – feita pelo ICB em cooperação com a Universidade de Stanford, dos Estados Unidos – abre caminho para novos medicamentos capazes de frear a evolução da doença de maneira mais eficaz do que os já disponíveis.

A insuficiência cardíaca é o último estágio de diversas doenças cardiovasculares, enfermidades que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 17,7 milhões de pessoas tenham morrido por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. A insuficiência cardíaca pode ser causada por um infarto mal tradado, hipertensão, e problemas em alguma válvula do coração.

A molécula também foi testada em células cardíacas humanas. Os resultados mostraram que, além de frear o avanço da doença, houve melhora da capacidade dessas células se contraírem. “As drogas atuais freiam a progressão da doença, mas nunca fazem com que ela regrida. O que mostramos é que, ao regular essa interação específica, diminui-se a progressão e ainda traz a doença para um estágio mais leve”, disse Ferreira.

A pesquisa e a nova molécula sintetizada foram descritas em artigo publicado na Nature Communications na última sexta-feira (18). A publicação sobre ciências naturais é uma das principais revistas acadêmicas do mundo e abrange assuntos relacionados à física, química, às ciências da Terra e biologia.

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