segunda-feira, outubro 07, 2019

Obesidade pode alterar componentes imunológicos do colostro.

A obesidade da mãe pode alterar a eficiência dos componentes de defesa presentes no colostro, que é o primeiro leite produzido pela mãe e tem o papel principal de proteção do recém-nascido. A conclusão é da tese de doutorado da pesquisadora Tassiane Cristina Morais, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com apoio do Centro Universitário Saúde ABC e da Universidade Federal de Mato Grosso.

No entanto, o colostro de mães obesas apresentou maiores níveis do hormônio melatonina, que, juntamente com outros dois hormônios - leptina e a adiponectina -, foi capaz de restaurar a eficácia das células de defesa do colostro. Segundo a pesquisadora, o fato de haver mais melatonina no colostro das mães obesas é uma forma de compensação para restituir a atividade dessas células de proteção.

“O colostro é rico em vários tipos diferentes de células que atuam no sistema imunológico. Os que têm maior concentração são os macrófagos e linfócitos, que são dois tipos de células principais que fazem a defesa. Eu avaliei a parte dos macrófagos, que são células que fazem fagocitose”, explicou Morais. Na presença de um micro-organismo, essas células tentam conter sua ação, por exemplo, levando-o à morte.

“As células da mãe obesa, na presença de um micro-organismo, fagocita menos, é como se ele fosse mais ativo. Para compensar, quando eu coloco os hormônios nessa célula, eles restituem a atividade dessa célula [de defesa]. Com os hormônios, a atividade da célula de mãe obesa está protegendo tanto quanto a de mães não obesas”, acrescentou.

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