De janeiro a março de 2020, o Rio Grande do Norte deverá registrar
ocorrência de chuvas dentro da média histórica. A previsão foi discutida
durante encontro climático com meteorologistas do Nordeste realizado
semana passada em Campina Grande/PB, onde os especialistas fizeram a
primeira previsão climática para 2020 para a região.
As condições oceânicas e atmosféricas indicam uma configuração de
neutralidade com relação ao fenômeno El Niño, na região equatorial do
Oceano Pacífico. Para o RN, de janeiro a março de 2020, o chefe da
Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária
do RN (EMPARN), Gilmar Bristot, que participou da reunião, explica que a
atual configuração oceânico-atmosférica global, bem como os modelos de
previsão climática, dinâmicos e estatísticos, “indicam a tendência das
chuvas ocorrerem dentro da média histórica na região semiárida potiguar,
incluindo aí as regiões Oeste, Seridó, Central e Agreste do estado”.
Em termos numéricos, estima-se que os totais pluviométricos
acumulados no período de janeiro a março deverão oscilar próximo à média
histórica, de acordo com a seguinte descrição: no Oeste, 390,7
milímetros (mm); Região Central, 307,0mm; Agreste, 234,8mm e Leste
319,0mm.
Segundo Bristot, nos meses de janeiro e fevereiro é normal ocorrer
maior variabilidade temporal e especial das chuvas, com prováveis
eventos significativos como chuvas fortes em determinadas áreas, devido
aos tipos de sistemas meteorológicos atuantes, como por exemplo os
Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN), sobre o Nordeste do Brasil.
Sendo assim, adianta Bristot, “é de fundamental importância o contínuo
monitoramento das condições oceânicas e atmosféricas globais e o
acompanhamento das previsões do diária e semanais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário