Imagem do HIV na corrente sanguínea:
Estratégia de tratar todos os adultos infectados pelo vírus é adotada
somente nos Estados Unidos e França
Pacientes adultos infectados pelo HIV
terão o tratamento antecipado no Brasil. O Ministério da Saúde deve
passar a oferecer a terapia com antirretrovirais assim que a infecção
for identificada, qualquer que seja o estágio da doença. Hoje, essa
estratégia é adotada somente pelos Estados Unidos e pela França. Com a
mudança, prevista para acontecer até o final deste ano, a expectativa é a
de que pelo menos 100.000 novos pacientes passem a fazer uso do remédio
— atualmente, são 313.000.
Os antirretrovirais são o pilar do
tratamento oferecido ao paciente com HIV. A terapia consiste na
combinação de ao menos três medicamentos e, embora reduza drasticamente a
presença do vírus no sangue, não consegue agir nos vírus que estão
inativos no organismo e, portanto, não oferece a cura. Atualmente, no
Brasil, o paciente infectado apenas recebe o tratamento quando a
contagem de vírus e de células de defesa na corrente sanguínea chega a
determinado ponto.
O tratamento precoce tem dois objetivos.
O primeiro deles é ampliar a proteção do paciente com HIV.
Pesquisadores concluíram que a estratégia melhora de forma significativa
a qualidade de vida do soropositivo, além do efeito protetor. A medida
também tem um caráter de saúde pública: ao tomar o antirretroviral, os
níveis de vírus no organismo são reduzidos de forma significativa,
dificultando a contaminação do parceiro, no caso de relação sexual sem
camisinha. “Ela (a camisinha) não impede, mas reduz a transmissão”, diz o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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