Alzheimer: Níveis de duas proteínas específicas presentes no fluido que envolve o cérebro podem prever Alzheimer
Cientistas da Universidade Johns
Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de detectar se os
problemas de memória apresentados por um paciente podem evoluir para a
doença de Alzheimer. Em um estudo, a equipe concluiu que níveis
específicos de duas proteínas presentes no fluido cerebrospinal (líquido
que envolve e protege o cérebro contra lesões) ajudam a prever o
surgimento da doença até cinco anos antes do início dos sintomas.
Para os autores, a descoberta, publicada nesta quarta-feira na revista Neurology,
pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos capazes de postergar
ou evitar o surgimento do Alzheimer — atualmente, não existem drogas com
esse efeito. Os pesquisadores acreditam que os testes feitos até agora
falharam por terem sido realizados em pessoas que apresentavam sintomas
relacionados ao Alzheimer e que possivelmente já haviam sido afetadas de
forma mais grave pela doença. Acredita-se que a moléstia se desenvolva
no cérebro pelo menos dez antes dos primeiros sintomas clínicos
aparecerem.
“Quando vemos um paciente com pressão ou
colesterol altos, não esperamos até que ele tenha uma insuficiência
cardíaca para tratá-lo. O tratamento precoce em pessoas com doenças do
coração evita que o problema se agrave, então é possível que o mesmo
ocorra com indivíduos com Alzheimer pré-sintomático”, diz Marilyn
Albert, professora de neurologia da Faculdade de Medicina da
Universidade Johns Hopkins e coordenadora do estudo.
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