Quem em algum momento da vida nunca foi
“salvo” pelo telefone público, seja quando esqueceu o celular em casa,
perdeu o aparelho, ou simplesmente teve a bateria do telefone móvel
descarregada antes do previsto? Antes indispensáveis, os orelhões
atualmente são quase invisíveis, não só por serem cada vez menos
solicitados – resultado da popularização do celular –, mas
principalmente por conta da degradação dos aparelhos, a cada dia mais
raros nas ruas de Salvador. Mais de 54 mil orelhões estão instalados em
todo o estado de acordo com a Oi, empresa de telefonia responsável pela
montagem e manutenção dos aparelhos públicos.
Na Estação da Lapa, local que já foi
reduto de venda dos cartões de crédito de ligações, atualmente é um dos
poucos pontos da cidade onde os telefones públicos são encontrados, e em
bom estado de funcionamento. Figura típica do atual usuário do serviço
de telefonia pública, o aposentado Manoel Oliveira Costa, que prefere
não informar a idade, procurava na manhã de ontem um vendedor de cartão
de ligações. “Lá em Candeias não vende, então eu aproveito quando venho
aqui na Estação da Lapa pra comprar e deixar guardadinho, porque sempre
estou precisando”, explicou.
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