sexta-feira, janeiro 17, 2014

Cirurgiões usam tratamento genético para corrigir cegueira.

Intervenção cirúrgica implicou na inserção de um gene nas células oculares

Uma equipe de cirurgiões da Universidade de Oxford, na Inglaterra, usou uma técnica de tratamento genético para melhorar a visão de seis pacientes que, de outra forma, teriam ficado cegos, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela revista “The Lancet”.

Os especialistas fizeram uma operação nos pacientes afetados com uma rara doença hereditária que causa a morte das células que detectam a luz, conhecida como coroideremia.

A intervenção cirúrgica implicou na inserção de um gene nas células oculares que deu vida às células que detectam a luz, uma técnica que os médicos acreditam que poderia ser usada para tratar formas comuns de cegueira.

Robert McLaren, professor de oftalmologia de Oxford e responsável pela pesquisa, admitiu hoje em declaração à emissora britânica “BBC” que se sente “absolutamente entusiasmado” com o resultado dos experimentos.

“Realmente, não poderíamos ter obtido um resultado melhor”, disse.

Os testes médicos começaram há dois anos e o primeiro paciente foi Jonathan Wyatt, que então tinha 63 anos e sofre da condição genética que deriva na perda progressiva da visão.

Após se submeter à operação, sua visão “melhorou”. Outro paciente, Wayne Thompson, declarou à rede de televisão que teve um “efeito imediato”.

Thompson afirmou que sua “visão da cor melhorou” após passar pelo procedimento e que pela primeira vez desde que tinha 17 anos, quando seu visão começou a se deteriorar, conseguiu ver as estrelas.

Se os pacientes continuarem melhorando, os especialistas pretendem oferecer o tratamento a pessoas mais jovens afetadas com coroideremia, para evitar que percam a visão.

Essa condição é relativamente rara e no Reino Unido afeta aproximadamente mil pessoas.

No entanto, McLaren considera que o tratamento genético poderia ser feito para curar outras formas genéticas de cegueira, como a degeneração macular relacionada à idade, que gera uma deterioração na visão em um em cada quatro idosos de 75 anos.

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