quinta-feira, janeiro 16, 2014

Taxa de mortalidade por álcool no Brasil é uma das maiores do continente.

Álcool: No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres
No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres (Thinkstock)

Um novo levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelou que o Brasil está entre os países do continente americano com as maiores taxas de mortalidade causada pelo álcool. Entre 2007 e 2009, 12,2 a cada 100 000 mortes ocorridas ao ano no país não teriam acontecido sem o consumo de bebida alcoólica.

A Colômbia foi o país que apresentou a menor taxa de morte associada ao álcool (1,8 a cada 100 000 mortes) e El Salvador, a maior (27,4 por 100 000 mortes).

O estudo, publicado nesta terça-feira na revista Addiction, se baseou nos dados registrados entre 2007 e 2009 por 16 países do continente americano.  De acordo com a pesquisa, o álcool foi a causa necessária de morte – ou seja, os óbitos não teriam acontecido na ausência do consumo de álcool — de 79 456 pessoas ao ano nesses países. A doença hepática foi a principal condição que provocou essas mortes.

Dos países analisados, aqueles que apresentaram uma taxa de mortalidade relacionada ao álcool baixa (menos do que 6 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Colômbia, Argentina, Equador, Costa Rica, Venezuela e Canadá. Os países com uma taxa de mortalidade por álcool média (entre 6 e 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Cuba, Estados Unidos, Peru, Paraguai e Chile. As maiores taxas (mais de 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram observadas no Brasil, México, Guatemala, Nicarágua e El Salvador.

O levantamento também observou que 84% das mortes associadas ao álcool registradas entre 2007 e 2009 nesses 16 países ocorreram entre o sexo masculino. No Brasil, os homens são duas vezes mais propensos do que as mulheres a consumir álcool regularmente e três vezes mais propensos a beber excessivamente.

As faixas etárias mais atingidas pelo álcool variaram de acordo com o país. No Brasil, assim como na Costa Rica, no Equador e na Venezuela, por exemplo, houve um aumento do número de pessoas entre 40 e 49 anos que morreram em decorrência da bebida alcoólica.

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