Nos últimos cinco anos, nenhum lugar do
planeta viveu valorização imobiliária tão grande como a ocorrida no
Brasil. Comparação entre 54 países realizada por bancos centrais de todo
o mundo mostra que o preço médio dos imóveis brasileiros subiu 121,6%
no período pós-crise de 2008.
O fôlego, porém, segue o ritmo da
economia e os negócios estão em franca desaceleração. Da liderança nos
cinco anos, o Brasil cai para o décimo lugar em valorização no acumulado
em dois anos e está em um modesto 22.º lugar no último semestre.
A valorização brasileira superou
mercados aquecidos, como o de Hong Kong – cujo metro quadrado ficou
101,4% mais caro em cinco anos – e foi praticamente o dobro da observada
em Kuala Lumpur, na Malásia (62,5%), e em Cingapura (61,6%). Dependendo
do país, a pesquisa do BIS usa dados do mercado nacional, como no
Brasil, ou de algumas cidades, como na China.
Um grande problema para a comparação
entre mercados imobiliários do mundo costumava ser a falta de
padronização dos índices locais de preço. Para resolver o problema, o
BIS aceita duas referências: valor do metro quadrado e valor de cada
negócio.
Para o Brasil, é usada a segunda opção. O
Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados é
calculado mensalmente pelo Banco Central conforme o valor de avaliação
de cada imóvel financiado pelos bancos. São consideradas 11 regiões
metropolitanas, entre elas Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre,
Recife, Rio, Salvador e São Paulo.
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