O consumidor brasileiro ainda está pessimista com a economia, segundo
o Indicador de Confiança do Consumidor, divulgado hoje (13) pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional
dos Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador somou 42,8 pontos em
fevereiro, valor acima do observado em igual período do ano passado
(41,4 pontos), mas ainda abaixo dos 50 pontos, o que indica pessimismo.
Entre 50 e 100 pontos o indicador passa a indicar otimismo com a
economia.
O índice tem dois componentes: o indicador de
condições atuais, que mostra o cenário atual da economia e que alcançou
32,4 pontos em fevereiro; e o de expectativas que avalia o que os
consumidores esperam para os próximos meses e que somou 53,2 pontos.
Segundo
os dados, 74% dos brasileiros avaliam a situação atual econômica como
ruim, enquanto apenas 4% a consideram ótima ou boa. Entre os que fazem
uma avaliação negativa da economia, a maior parte cita o desemprego como
principal razão para isso (64%), seguido pelos preços altos (60%) e as
elevadas taxas de juros (38%). “A consolidação da volta da confiança é
uma condição necessária para a retomada do consumo das famílias e dos
investimentos entre os empresários, mas isso dependerá,
fundamentalmente, do aumento de vagas de emprego e ganhos reais de
renda, depois de um longo período de queda”, disse o presidente da CNDL,
José Cesar da Costa.
Entre os 39% dos entrevistados que estão
pessimistas com o futuro da economia, 66% apontam a corrupção como um
dos principais fatores que atrapalham o desempenho do país, seguido pelo
desemprego (mencionado por 46%) e a inflação fora do controle (32%). Já
entre os 22% de otimistas, mais da metade (51%) não sabem justificar
suas razões, enquanto 24% atribuem isso ao fato de que as pessoas estão
consumindo mais e 22% apontam que o desemprego está caindo.
Dos
801 consumidores entrevistados, 48% apontaram que o custo de vida é o
que mais tem pesado na vida financeira familiar, enquanto 21% citaram o
desemprego.
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