O número de mortes causadas por um terremoto e um tsunami na ilha de
Sulawesi, na Indonésia, chegou a 1.948, informaram autoridades locais
nesta segunda-feira, 8, enquanto milhares de habitantes ainda são dados
como desaparecidos. As equipes de resgate planejam finalizar seu
trabalho no fim desta semana.
A maioria das vítimas foi registrada na cidade de Palu, informou um funcionário da força-tarefa de resgate.
O chefe do Conselho Nacional de Gestão de Desastres, Willem
Rampangilei, disse que pode haver até 5 mil vítimas enterradas sob a
lama em Balaroa e Petobo, dois dos bairros mais afetados em Palu. No
entanto, ele acrescentou que o número será verificado, já que a
estimativa não é oficial e veio dos chefes de aldeias locais.
O terremoto do dia 28 de setembro gerou a liquefação do solo,
normalmente úmido e solto. Por conta disso, a lama que soterrou as
vítimas é muito macia para permitir o uso de equipamentos pesados no
resgate, e a decomposição dos corpos já está avançada
“É impossível reconstruir em áreas com alto risco de liquefação, como
Petobo e Balaroa”, disse Rampangilei, acrescentando que algumas vilas
serão remanejadas.
Enquanto isso, autoridades religiosas e parentes dos sobreviventes
discutem quais áreas podem ser transformadas em valas comuns, com
monumentos em homenagem às vítimas. As autoridades reiteraram que as
buscas devem terminar na quinta-feira, mas admitem que o prazo pode ser
prorrogado, caso haja necessidade.
Segundo Rampangilei, a vida começa a voltar ao normal em algumas
áreas afetadas pelo desastre. As necessidades imediatas de alimentos e
água foram atendidas e o governo local começou a funcionar novamente.
Ele afirmou que as aulas serão retomadas assim que possível. No entanto,
muitas escolas foram completamente destruídas e os alunos ainda têm
medo de voltar.
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