O saldo entre aberturas e fechamentos de lojas com vínculos
empregatícios no varejo brasileiro fechou 2018 de forma positiva, com
+8,1 mil novas unidades. O resultado do ano passado interrompeu uma
sequência de três anos no vermelho, uma vez que, entre 2015 e 2017, o
setor acumulou um fechamento líquido de 223,0 mil estabelecimentos
comerciais por conta da recessão. O estudo é da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O segmento de hiper e supermercados se destacou positivamente em
números absolutos (4.510), seguido pelo de lojas de utilidades
domésticas e eletroeletrônicos (1.747) e pelas drogarias, farmácias e
lojas de cosméticos (1.439). À exceção dos segmentos de móveis e
eletrodomésticos (-176) e de material de construção (-926), os demais
ramos abriram mais pontos de venda do que fecharam no ano passado.
Regionalmente, em 15 das 27 unidades da Federação foram registradas
mais aberturas do que fechamentos, destacando-se de forma positiva os
Estados de São Paulo (+3.883), Santa Catarina (+1.706) e Minas Gerais
(+940).
Para Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação, a inflação
abaixo da meta, a redução dos juros ao consumidor, a reação do mercado
de trabalho e até mesmo a disponibilização de recursos como os saques
nas contas do PIS/Pasep criaram, ao longo de 2018, condições mínimas
para a expansão do consumo e, consequentemente, para o aumento real das
vendas do setor. A recuperação gradual da confiança dos consumidores
também permitiu boa performance a segmentos mais dependentes das
condições de vendas a prazo.
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