O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias
Toffoli, aceitou pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva deixe a prisão e compareça ao velório do irmão, Genival Inácio da
Silva, conhecido como Vavá, que morreu ontem (29), em decorrência de
câncer no pulmão. O sepultamento será realizado em São Bernardo do Campo
(SP). Será a primeira vez que o ex-presidente deixará a prisão para
compromissos pessoais desde abril do ano passado.
Segundo a decisão, Lula só poderá ter contato com parentes durante o velório e está proibido de dar declarações públicas.
A defesa do ex-presidente recorreu ao STF depois
que a juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal em Curitiba,
rejeitou o mesmo pedido, na madrugada de hoje. A decisão foi confirmada
pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal
(4ª Região).
Na despacho, a juíza entendeu
que a decisão final cabe à Polícia Federal (PF), que alegou
dificuldades logísticas para realizar a viagem da superintendência da
corporacão em Curitiba, onde Lula está preso, até o Cemitério Pauliceia,
em São Bernardo do Campo). O enterro está previsto para hoje (30), às
13h.
A PF também alegou que a presença do ex-presidente poderia tumultuar a
ordem pública, em razão de manifestações de simpatizantes.
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