Uma equipe da Defensoria Pública do Rio de Janeiro esteve
nesta terça-feira (7) no Complexo da Maré, com objetivo de colher
depoimentos sobre a operação realizada na segunda-feira (6), quando oito
pessoas suspeitas de tráfico morreram. De acordo com defensores
públicos, moradores declararam que os tiros foram disparados de dentro
do helicóptero da Polícia Civil. A corporação, em nota à imprensa,
afirmou que “a ação foi criteriosa e seguiu todos os protocolos usados
em incursões em áreas de risco no Rio de Janeiro, inclusive quanto ao
uso de aeronaves”.
“Nos relatos que nós colhemos hoje os moradores mencionaram que houve
tiros disparados a partir do helicóptero. É uma área de grande
adensamento populacional, próximo às escolas”, contou a
subdefensora-geral Paloma Lamego, durante entrevista à imprensa. O
ouvidor da defensoria, Pedro Strozemberg, disse que os relatos contam
que muitos tiros foram disparados. "Não tem a distinção, nos relatos que
eu escutei, se eram rajadas ou tiros direto. Mas espero que a perícia
seja capaz de identificar isso. O relato é de uso do helicóptero, de
forma muito contundente, como plataforma de tiro. As marcas no chão dão a
entender de rajada, mas não há relatos descrevendo nesse sentido”,
disse o ouvidor.
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