O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a baixa adesão
à campanha nacional contra a gripe, que até agora imunizou 56% do
público-alvo, pode comprometer o sistema de hospitais públicos em alguns
meses. De acordo com o ministro, a gripe pode agravar outras doenças e
levar a um grande número de internações.
Segundo Mandetta, um dos casos mais preocupantes é do Rio de Janeiro,
que tem o menor índice de vacinação do país (38,2% de adesão). “Nós
temos muita tuberculose no Rio de Janeiro, números altíssimos, e se você
não vacina contra a gripe, essas pessoas são imunossuprimidas e é muito
provável que a gente tenha em junho, julho e agosto quadros de
pneumonia em cima de quadros de tuberculose. Vai haver uma pressão por
leitos de UTI e não vai ter”, disse.
De acordo com Mandetta, o Ministério da Saúde traçou sua estratégia e
identificou os estados com mais fragilidade para se fazer a campanha. O
próprio Rio de Janeiro foi escolhido como local de lançamento da
campanha.
“A gente tem chamado a atenção, pedido [para que as pessoas se
vacinem], mas isso é a estratégia de cada cidade, de cada comunidade. As
comunidades precisam se organizar. O que o governo federal faz é levar a
mensagem. Agora o que precisa é as pessoas terem atitude e procurarem
[os postos de vacinação] porque é um ato voluntário”, disse.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe vai até o dia 31 de
maio. O público-alvo da campanha inclui 59,5 milhões de pessoas, entre
elas crianças até cinco anos e gestantes.
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