A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, em ação conjunta,
deflagraram desde as primeiras horas da manhã de hoje (15) a Operação
Freeway, contra uma organização criminosa transnacional, centralizada em
Foz do Iguaçu, no Paraná, especializada na lavagem de dinheiro, evasão
de divisas, gestão fraudulenta e contabilidade paralela.
De acordo com as investigações, de 2011 a 2017, o grupo criminoso
cambiou ilegalmente centenas de milhões de dólares. Grande parte do
dinheiro foi para o Paraguai, principalmente para empresas que
comercializam produtos eletrônicos. Outra parte foi destinada a empresas
de turismo sediadas em Foz do Iguaçu e controladas pela organização.
“A investigação revelou, ainda, que essa organização operava como uma
espécie de banco de compensações, casando negócios de contrabandistas
brasileiros interessados em remeter dinheiro para o Paraguai com os de
empresários estabelecidos no Paraguai interessados em remeter dinheiro
para o Brasil”.
A operação conta com 60 policiais federais e 10 servidores da Receita
Federal que cumprem 27 mandados judiciais expedidas pelo juízo da 23ª
Vara Federal Criminal de Curitiba, sendo quatro de prisão, cinco de
instalação de tornozeleiras eletrônicas e 18 de busca e apreensão, todos
em endereços na cidade de Foz do Iguaçu. A Justiça autorizou também o
sequestro dos bens imóveis e de valores pertencentes aos investigados.
Estima-se que o patrimônio sequestrado ultrapasse a R$ 40 milhões.
A Operação Freeway é um desdobramento da Operação Confraria
Cataratas, deflagrada pela PF em outubro de 2017, também em Foz do
Iguaçu, quando foi apurado que três casas de câmbio da cidade
frequentemente compravam e vendiam moedas estrangeiras ilegalmente. As
investigações constataram que os responsáveis pelas casas de câmbio
integravam um grupo criminoso transnacional especializado na prática de
crimes contra o sistema financeiro.
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