O Rio de Janeiro iniciou o ano com menor número de casos de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti,
na comparação com o ano passado. Dados da primeira quinzena de janeiro
mostram 351 ocorrências de dengue e 15 de zika. Não houve ainda nenhum
óbito. Na primeira quinzena de janeiro de 2018, foram registrados
781 casos de dengue e 133 de zika.
Embora o quadro epidemiológico possa gerar otimismo, a Secretaria de
Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) se mantém alerta contra a
febre chikungunya, doença que inspira uma atenção especial. Em relação a
essa arbovirose, o número de casos revela um quadro mais próximo
daquele observado no ano passado. Na primeira quinzena de janeiro de
2019, ocorreram 563 casos, somente 20 a menos do que no mesmo período de
2018.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, a
preocupação com a chikungunya existe por ser um vírus relativamente novo
no estado e pela maior parte da população não ser imunizada. No ano
passado, o Rio de Janeiro registrou 39.082 casos da doença, com 18
mortes.
"A chikungunya vem se comportando com a ocorrência de surtos isolados
bastante intensos, com o acometimentos de um número significativo de
pessoas em algumas localidades. Não existe vacina e a maioria das
pessoas nunca teve a doença, o que faz com que elas sejam, portanto,
suscetíveis ao vírus. Então, estamos em alerta e nos preparando para
que, em caso de aumento do número de casos, possamos agir de forma
rápida", disse.
A reduzida ocorrência neste verão observada até o momento não
minimiza as preocupações. "Os números por enquanto são baixos, o que nos
dá uma certa tranquilidade. Mas não é ainda o período de maior risco de
transmissão de arboviroses no estado. Geralmente temos picos de
transmissão no mês de abril", acrescenta Chieppe. De acordo com o
subsecretário, é normalmente a partir de fevereiro que as tendências
conseguem ser visualizadas com mais clareza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário