Os valores que deverão ser pagos, a título de indenização, às famílias
dos 10 atletas mortos e também aos que ficaram feridos no incêndio do
alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do
Urubu, deverão ser definidos até a próxima semana. A informação foi
dada pela defensora pública Paloma Araújo Lamego, que participou, na
sexta-feira (15), no Ministério Público (MP), de reunião da força-tarefa
criada para resolver o problema e definir medidas a serem tomadas. O
incêndio foi na sexta-feira passada (8).
“A atuação da Defensoria Pública diz respeito à indenização das
famílias das vítimas. Com relação ao acordo, a gente já tem várias
cláusulas, já consegue ter a maior parte do acordo proposto. Nós teremos
uma nova reunião na segunda-feira (18). E acreditamos que, ainda no
início da semana, se tenha o acordo fechado”, disse Paloma.
Ela informou que a Defensoria se propõe a assessorar as famílias,
inclusive as que moram em outros estados, para fazer o atendimento e os
acordos individuais, pois cada caso terá um valor calculado, dependendo
de parâmetros a serem estabelecidos, que levarão em conta a carreira que
o atleta poderia ter exercido ao longo dos anos e os valores salariais
que ele poderia receber como profissional.
“Existe um acordo geral, e depois a gente faz os acordos para cada
situação. Os valores ainda não estão fixados. A gente criou parâmetros
de indenizações. A ideia é que, na segunda-feira, chegue-se a um acordo
dos valores mínimos. A carreira do atleta é considerada no
estabelecimento do acordo”, disse a defensora.
Segundo Paloma, quem aderir ao acordo não poderá, futuramente,
processar o Flamengo. “O acordo é uma resolução que inibe a postura de
outras demandas sobre os mesmos temas.”
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