Milhares de pessoas participam neste sábado (4) em Bagdá, no Iraque,
do início das cerimônias fúnebres de Qassem Soleimani com gritos de
guerra e palavras de ordem de "morte à América". O general iraniano
morreu nessa sexta-feira (3), alvo de um ataque aéreo dos Estados
Unidos.
A ação norte-americana levou a uma escalada de retórica e tensão entre Teerã e Washington.
Um dia depois do ataque norte-americano, milhares de pessoas estão
reunidas em Khadhimiya, norte da capital iraquiana, num famoso santuário
xiita daquele país, para participar das cerimônias fúnebres.
Várias autoridades iraquianas, incluindo o primeiro-ministro
demissionário, Adel Abdel Mahdi, que anunciou recentemente a saída do
cargo após vários meses de protestos violentos no Iraque que levaram à
morte de centenas de manifestantes.
Soleimani era o comandante da Força Quds, uma brigada de elite da
Guarda Revolucionária Islâmica. O líder supremo aiatolá Ali Khamenei
advertiu que os Estados Unidos irão enfrentar séria retaliação.
As tensões estão crescendo no Iraque entre as forças americanas e
grupos de militantes apoiados pelo Irã. O governo americano planeja
enviar cerca de 3 mil soldados adicionais ao Oriente Médio, em resposta a
recentes incidentes.
Neste domingo (5), o Parlamento iraquiano vai realizar uma reunião
extraordinária para debater a situação no país após o ataque de
sexta-feira. Os parlamentares poderão condenar a presença
norte-americana no país. Washington já anunciou que planeja enviar mais
3.500 soldados para a região, além dos 5.200 militares que já se
encontra em território iraquiano.
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