O presidente argentino, Alberto Fernández, defendeu aumento nos
salários "para recompor o poder aquisitivo dos empregados", defasado
pela alta inflação, mas pediu cautela aos trabalhadores. As declarações
foram dadas hoje (2) em entrevista à Rádio 10, emissora argentina.
Fernández falou sobre as negociações paritárias, que são comissões
integradas por quantidades iguais de representantes dos trabalhadores e
de empresários.
"Queremos que as [negociações] paritárias funcionem. Estamos tentando
garantir um aumento mínimo, para que os empregadores não abusem
daqueles que trabalham. Mas também devemos pedir aos trabalhadores para
considerarem a atual situação. Não façam pedidos desmedidos, pois tudo
tem impacto na economia", disse o presidente argentino.
O aumento dos salários públicos e privados deve variar entre 6 e 9
mil pesos argentinos (aproximadamente entre 400 e 470 reais), segundo
fontes oficiais. Entre hoje (2) e amanhã (3), o ministro do Trabalho
argentino, Claudio Moroni, deve anunciar as novas medidas definidas nas
negociações.
As negociações paritárias analisam as relações de trabalho (salários,
condições, horários, etc), intervêm em conflitos e têm o poder de
modificar acordos coletivos.
Alberto Fernández assumiu o governo da Argentina no dia 10 de dezembro e se disse satisfeito com os primeiros dias no comando.
"Estamos satisfeitos com esses primeiros 20 dias, os objetivos que
estabelecemos estão sendo cumpridos. As promessas que demos aos
argentinos na campanha [eleitoral] estão sendo cumpridas. Desta vez o
ajuste não será pago pelos setores mais fracos", disse Fernández.
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