Os deputados que integram a comissão externa da Câmara destinada a
investigar a situação de emergência dos hospitais públicos federais do
Rio de Janeiro, apresentaram hoje (31) projeto de lei que proíbe a
indicação política para cargos de direção dessas unidades de saúde.
De
acordo com a proposta, só poderão exercer funções de chefia, direção e
assessoramento no Sistema Único de Saúde (SUS) os profissionais que
comprovarem “capacidade técnica, independência funcional” e experiência
mínima de três anos de atuação nos serviços de saúde.
As regras
para nomeação dos ocupantes de cargos de direção dos hospitais federais
incluem ainda a proibição de vínculo do candidato a gestor com empresas
que prestam serviços ou fornecem produtos para unidades de saúde e a
exigência de que este não tenha relação familiar com nenhum integrante
do Poder Executivo.
A proposta, que altera a legislação do SUS,
estabelece que as unidades tenham uma área independente responsável pela
gestão de riscos, controle interno e auditoria dos serviços.
O texto é assinado pelos deputados Hugo Leal (PSB), Jandira Feghali (PCdoB), Celso Pansera (PMDB), Chico d'Angelo (PT), Alexandre Valle (PR) e Delley (PTB), todos do Rio de Janeiro, e o projeto de lei ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.
O texto é assinado pelos deputados Hugo Leal (PSB), Jandira Feghali (PCdoB), Celso Pansera (PMDB), Chico d'Angelo (PT), Alexandre Valle (PR) e Delley (PTB), todos do Rio de Janeiro, e o projeto de lei ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.
Segundo a
coordenadora da comissão externa, Jandira Feghali, a medida visa a
impedir o uso político em locais que lidam com vidas humanas: "Fizemos
inspeções em diversas unidades nos últimos dois meses e flagramos
diretores das unidades sem saber o número de leitos do hospital pelo
qual eram responsáveis. Isso é um absurdo. A falta de gestão só agrava a
crise que a gente vive lá", afirma.
Os parlamentares elaboraram a
proposta depois de várias visitas aos hospitais federais do estado nos
quais encontraram uma série de irregularidades. O grupo deve ainda
propor ao governo federal e à justiça outras medidas para resolver a
crise dos hospitais.
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