O curso pode ser matemática, direito ou filosofia, mas, para a
Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), todas as
instituições de ensino superior deveriam ser obrigadas a oferecer
atividades esportivas aos seus alunos. Na opinião do presidente da
confederação, Luciano Cabral, o debate é necessário como parte da
inclusão do esporte na educação brasileira.
"A CBDU acha um
absurdo instituições de ensino serem autorizadas a atuar sem ter
equipamento esportivo proporcional ao número de alunos. Isso não ser
obrigatório é negar o esporte dentro do ambiente educacional", defendeu
Cabral, que retorna hoje (1º) ao Brasil, depois de ter acompanhado a
Universíade de Taipei. "Precisamos formar o atleta e corrigir o equívoco
cultural que temos no país de que o esporte e a educação não estão
associados".
Na visão do presidente da confederação, os alunos
não devem ser obrigados a incluir o esporte em seu calendário acadêmico,
mas as opções devem estar disponíveis, o que ajudaria no
desenvolvimento do esporte universitário no país. As estruturas podem
ser desde uma equipe de xadrez até um ginásio poliesportivo, já que a
obrigatoriedade defendida pela CBDU deveria levar em conta o tamanho da
instituição.
Uma das estratégias da CBDU para promover esse
debate foi a candidatura de Brasília para sediar a Universíade de 2019. O
Distrito Federal chegou a ser escolhido como sede em 2013, mas
renunciou à candidatura no fim de 2014, o que transferiu o evento para
Nápoles, na Itália. Segundo a Federação Internacional do Esporte
Universitário, a decisão foi justificada por dificuldades financeiras.
"O brasileiro precisa descobrir a Universíade, saber que 70% das medalhas olímpicas passam por ela".
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