Este fim de semana teve mais uma sequência de tragédias nos mares por
onde navegavam embarcações clandestinas levando migrantes da África à
Europa.Socorristas espanhóis salvaram 240 pessoas que tentavam completar
a perigosa travessia pelo Mediterrâneo, durante a qual os relatos
iniciais indicavam que uma pessoa havia morrido. Enquanto isso, na costa
do Sul da Tunísia, pelo menos 47 imigrantes morreram e outros 68 foram
resgatados, segundo autoridades locais.
Agentes de salvamento marítimo espanhois relataram ter visto um corpo
flutuando na água logo após o resgate dos sobreviventes. Os passageiros
estavam a bordo de 11 embarcações de contrabandistas, que chegaram à
região entre sábado e domingo. Geralmente, os contrabandistas cobram
valores abusivos para, ilegalmente e sob condições de alto risco, levar
imigrantes em busca de uma vida melhor à Europa.
Enquanto isso, na madrugada de domingo, uma embarcação com migrantes a
bordo foi detectada quando se encontrava "a ponto de afundar" na costa
de Sfax, segundo o ministério do Interior da Tunísia. O balanço de 47
mortos e 68 feridos ainda poderia aumentar.
Não foi informada a identidade das pessoas mortas. Entre os
sobreviventes, há tunisianos e sete cidadãos de Costa do Marfim, Mali,
Marrocos e Camarões. Os guarda-costas e a marinha locais continuam as
buscas com o apoio de um avião militar, segundo comunicado do governo
tunisiano.
— Éramos cerca de 180 pessoas a bordo da embarcação que media cerca de 9
metros e onde não cabiam mais de 70 pessoas — disse um sobrevivente à
rádio tunisiana Mosaico FM.
Segundo a ONU, pelo menos 660 imigrantes já morreram enquanto tentavam
cruzar o Mediterrâneo neste ano. Nos quatro primeiros meses de 2018,
22.439 migrantes chegaram à costa europeia, dois quais 4.409
desembarcaram na Espanha. Na atual época do ano, com a aproximação do
verão, a quantidade de embarcações clandestinas em trânsito tende a
aumentar, assim como o número de vítimas.
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