O governo de Minas Gerais informou hoje (20) ter detectado níveis
anormais de metais no organismo de profissionais do Corpo de Bombeiros
Militar do estado que atuam no salvamento e nas buscas de Brumadinho
(MG), onde uma barragem da Vale se rompeu, em 25 de janeiro. Três exames
laboratoriais indicaram uma elevada quantidade de alumínio nos corpos
dos agentes, enquanto um quarto identificou a presença de cobre.
Em nota, a administração estadual pontuou que a alteração não
significa intoxicação aguda e assegurou que os agentes não apresentam
sintoma. "É esperado que, após a interrupção da exposição, os níveis
destes metais no organismo sejam normalizados", afirmou no comunicado.
Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros disse estimar que, ao
todo, cerca de mil pessoas tenham tido contato direto ou indireto com a
lama de rejeitos da barragem, inclusive por inalação. "Houve muito
revezamento [de agentes]. Depois de todos os exames, somente três
militares da tropa que trabalhou lá apresentaram alguma alteração, que
pode ser de lá ou de outros lugares onde eles podem ter trabalhado",
disse em nota, acrescentando que a tropa será acompanhada por 20 anos.
Hoje (20) o efetivo destacado para as tarefas no local da tragédia é
de 121 pessoas. A equipe realiza as buscas em dez áreas, com o auxílio
de 52 máquinas, quatro aeronaves e quatro cães.
Quase um mês após o incidente, 141 pessoas ainda permanecem
desaparecidas. Além disso, 169 óbitos já foram confirmados até o
momento.
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