Neste mês de outubro, vários monumentos e
prédios em todo o mundo foram iluminados de rosa para lembrar do mês
mundial da conscientização sobre o câncer de mama. A ideia é ressaltar a
importância do exame periódico para detectar a doença ainda em seu
estágio inicial.
De acordo com o Instituto Nacional de
Câncer (Inca), em 2012 foram registrados 518,5 mil casos novos de câncer
no Brasil, englobando todos os tipos. O câncer de mama é o segundo
tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com número estimado de
52.680 casos novos por ano, ficando atrás apenas do câncer de pele. Mas é
a principal causa de morte por câncer entre as mulheres – há cerca de
12 mil por ano em nosso país. No mundo todo, ocorrem 1,3 milhão de
novos casos e 458 mil mortes por câncer de mama por ano, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS).
No entanto, é possível reverter esse
quadro. “Quando o tumor é detectado em seu estágio inicial, a
possibilidade de cura é de mais de 90%”, aponta Sérgio Masili,
mastologista do Instituto do Câncer de São Paulo e da Clínica
Ginecológica da Faculdade de Medicina da USP. “Por isso é fundamental
realizar exames periódicos para que seja possível esse diagnóstico
precoce, pois o sucesso do tratamento do câncer de mama está diretamente
relacionado a isso”, afirma.
As formas mais eficazes para se detectar
precocemente o câncer de mama são o exame clínico e, principalmente, a
mamografia, que é capaz de detectar tumores bem pequenos (menos de um
centímetro) – o que aumenta muito a chance de cura.
Os exames periódicos também são muito
importantes porque o câncer de mama em estágio inicial não apresenta
sintomas – eles só aparecem na fase mais avançada da doença, quando o
tratamento se torna mais complicado. “Um tumor de mama grande é muito
mais difícil de ser tratado, e apresenta menor resposta ao tratamento e
também menor sobrevida”, diz Masili.
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