Bexiga (acima) e próstata envolvendo o canal
da uretra
da uretra
A Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) determinou que, a partir de janeiro de 2014, os planos de saúde do
país ofereçam um esfíncter urinário artificial aos pacientes com câncer
de próstata que fizerem cirurgia de remoção total da glândula e ficarem
com incontinência urinária mesmo após um ano da operação.
Até então, os homens com essa sequela precisavam entrar na Justiça para adquirir o direito à prótese.
Até então, os homens com essa sequela precisavam entrar na Justiça para adquirir o direito à prótese.
Esse aparelho substitui a função do esfíncter natural, um músculo em forma de anel que envolve a uretra e controla a liberação da urina. Como ele fica quase “grudado” na próstata, pode acabar enfraquecido após a cirurgia.
Segundo o urologista Carlos Sacomani, do
Hospital A.C. Camargo, entre 5% e 10% dos indivíduos que retiram
totalmente essa glândula – exclusiva do sistema reprodutor masculino,
localizada abaixo da bexiga e responsável por armazenar um fluido que
compõe o sêmen – apresentam algum tipo de perda involuntária de urina,
que pode ser leve, moderada ou grave.
“O esfíncter artificial é indicado para
os casos mais sérios ou para aqueles que não responderam a tratamentos
anteriores, como fisioterapia pélvica. Consideramos que um paciente
grave é aquele que precisa usar fraldas ou mais de três absorventes
higiênicos por dia para conter a urina”, explica.
“Todo paciente que entrava na Justiça
ganhava, mas isso podia levar anos, o indivíduo ficava perdendo urina,
com a qualidade de vida e a rotina social comprometidas. Precisa agora
ter isso nos hospitais públicos”, diz. Até hoje, o Sistema Único de
Saúde (SUS) não oferece esse tipo de tratamento.
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