O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o ex-chefe de
Estado colombiano Álvaro Uribe de liderar um plano para matar os líderes
venezuelanos e que prevê a entrada na país de 32 mercenários.
"Tomei conhecimento de um plano dirigido por Álvaro Uribe, com a
participação do embaixador colombiano nos Estados Unidos, Francisco
Santos, de entrada na Venezuela de 32 mercenários para tentar
assassinar-me e assassinar os líderes da revolução", acusou Maduro ontem
quarta-feira (14).
Para ele, na Colômbia "estão aterrorizados com a revolução chavista bolivariana" e é por isso planejam o ataque.
Em 4 de agosto, o presidente venezuelano foi alvo de um atentado
frustrado, em que foram usados drones [avião não tripulado] durante uma
cerimônia militar.
Segundo as autoridades venezuelanas, foi uma tentativa de ataque
dirigida a partir de Washington, com a participação da Colômbia, o que
Bogotá desmentiu.
Maduro já denunciou cerca de 30 planos contra ele, desde que assumiu a presidência da Venezuela em 2013.
A crise política, económica e social venezuelana agravou-se no fim de
janeiro deste ano, depois de o presidente do Parlamento (onde a
oposição detém a maioria), Juan Guaidó, ter se proclamado presidente
interino do país.
A oposição, que conta com o apoio de mais de 50 países, defende que
para resolver a crise Maduro deve ser afastado do poder, designado um
governo de transição e convocadas eleições livres e transparentes.
Mais de 4 milhões de venezuelanos abandonaram o país desde 2015, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
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