A média salarial de homens empregados no setor formal no Brasil é de R$
3,2 mil por mês, e das mulheres cerca de R$ 2,7 mil. A diferença é ainda
maior para mulheres negras, que recebem praticamente a metade do
rendimento dos homens brancos.
Dados como esse estão disponíveis no Observatório da Diversidade e da
Igualdade de Oportunidade, lançado esta semana pelo Ministério Público
do Trabalho, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A
procuradora Valdirene Assis, coordenadora da iniciativa, diz que o
objetivo é estimular as empresas a alterar as estruturas internas
discriminatórias e racistas.
“Os processos [seletivos] vão importar na progressão da carreira das
pessoas que já estão contratadas. Conhecer os dados nos permite enxergar
então que medidas a empresa pode adotar para incrementar a diversidade
no seu quadro funcional”, analisa a procuradora.
Estudos das Nações Unidas mostram que empresas que promovem a
igualdade tem uma probabilidade 32% maior de serem mais lucrativas. A
diversidade contribui para que novos produtos e serviços sejam lançados,
em sintonia com a expectativa e necessidade de diversos públicos.
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