O presidente eleito Jair Bolsonaro disse ontem (8), nas redes sociais,
que não é da sua equipe a proposta de reforma da Previdência que
estabelece um aumento do tempo de contribuição para aposentadoria
integral, elevando o prazo para 40 anos. Ele também negou a autoria da
criação da alíquota de 22% para o Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS).
“Não são de nossa autoria como tentam atribuir falsamente”, destacou.
Ao longo da semana, em que passou a maior parte dos dias em Brasília,
Bolsonaro tratou do assunto com parlamentares, integrantes da equipe de
transição e com o próprio presidente Michel Temer. A ideia é tentar
garantir a aprovação, ainda este ano, de alguns pontos “possíveis” pelo
Congresso Nacional.
O presidente eleito chegou a defender a fixação da idade mínima de 61
anos para os homens e 56 para mulheres. O economista Paulo Guedes,
confirmado para o Ministério da Economia, acredita que se houver avanços
até dezembro, o futuro governo pode aprofundar outras questões mais
polêmicas a partir de 2019, como a que trata da idade mínima.
Em meio a dificuldades pela falta de consenso no Congresso Nacional,
Bolsonaro indicou que a negociação passa por buscar a aprovação de
medidas que não alterem a Constituição. Assim, fica assegurada, como
consequência, a intervenção federal no Rio de Janeiro até 31 de
dezembro.
Alterações da Constituição não podem ser feitas durante a decretação de estados de sítio, de defesa ou de intervenção federal.
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