A Polícia Civil de São Paulo vai indiciar os cantores MC Gui e MC
Gabriel, o empresário Rogério Alves e outras 17 pessoas suspeitas de
participarem de um esquema ilegal envolvendo sites piratas com supostos leilões de carro.
Policiais foram à RW Produtora, na Vila Formosa (zona leste de São
Paulo), cumprir mandados de busca e apreensão de diversos documentos da
empresa. O dono da produtora é Rogério Alves, pai do funkeiro MC Gui.
Segundo a 3ª Delegacia de Polinter (Polícia de Investigações
Interestaduais), a investigação policial durou cerca de três meses e
apontou que o grupo praticava golpes após anunciarem falsos leilões de
veículos.
Conforme a investigação, as vítimas dos golpes entravam no site de
leilões de veículos, e acreditavam na veracidade do ambiente, já que
constava o CNPJ do Sindicato dos Leiloeiros de São Paulo. As vítimas,
então, depositavam ou transferiam o valor corresponde ao automóvel
arrematado.
O valor da venda era depositado em uma conta, geralmente captada por
um dos integrantes do grupo de golpistas. Nem todos os titulares de
contas são parte da associação criminosa. Segundo a Polícia Civil,
muitos acreditavam no que os suspeitos diziam: que precisavam de uma
conta para depositar valores de herança, venda de um carro ou terreno.
A Polícia Civil aponta que o grupo fez vítimas em diferentes Estados.
As denúncias das pessoas que foram prejudicadas, além de um pedido do
Sindicato dos Leiloeiros para apurar os sites suspeitos, fizeram com que
a polícia abrisse um inquérito para investigar os possíveis crimes
de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Dentro do esquema, a polícia teria identificado cerca de 70 vítimas. A
organização montava os sites e, quando alguém os denunciava, ele era
desmanchado e outro similar era colocado no lugar para ficarem livres de
suspeitas.
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