O Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu por mais 45 dias
o prazo de atuação de policiais da Força Nacional de Segurança Pública
em Mato Grosso do Sul. Segundo a Portaria nº 942, publicada no Diário Oficial da União de hoje (31), os agentes continuarão atuando no policiamento ostensivo a fim de prevenir conflitos agrários em Caarapó.
A presença do efetivo também visa a coibir o tráfico de drogas,
contrabando, armas e munições, entre outras práticas ilícitas na região
de fronteira. Cedidos pelos órgãos de segurança dos estados para
integrar a tropa federal, os policiais da Força Nacional atuam em apoio
às secretarias de segurança pública dos estados que solicitam sua
presença.
Em Mato Grosso do Sul, a corporação vem atuando na região da
fronteira com o Paraguai desde 2016. Desde então, a pedido do governo
estadual, a permanência dos policiais vem sendo prorrogada,
principalmente para evitar conflitos agrários, sobretudo entre indígenas
e produtores rurais e seus seguranças.
Em junho de 2016, cerca de 300 índios da Guarani e Kaiowa ocuparam
parte da Fazenda Yvu, em Caarapó (MS). Eles reivindicam a área como
parte da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I, cujo procedimento
demarcatório está paralisado desde 2007.
Ao tentar expulsar os índios e retomar a área, produtores rurais,
funcionários das propriedades e seguranças contratados entraram em
confronto com os indígenas. O índio Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza
foi morto a tiros e outros seis indígenas ficaram feridos.
O ministério não informou o número de policiais atuando na região. A validade da atual portaria vai até 11 de fevereiro de 2020.
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