O ministro da Secretaria-geral, Gustavo Bebianno, confirmou, no
início da tarde de ontem sábado (16), que o presidente Jair Bolsonaro
indicou que vai exonerá-lo na próxima segunda-feira (18). Ao deixar o
hotel onde mora, em Brasília, ele afirmou que está com a consciência
tranquila e que ainda tem “carinho” pelo presidente.
Apesar da sinalização de que será demitido, Bebianno disse que ainda
aguarda a formalização da exoneração na edição do Diário Oficial da
União (DOU) de segunda-feira.
Em reunião, ontem, Bolsonaro sinalizou que quer exonerar o ministro e
ofereceu a ele um cargo na diretoria de Itaipu Binacional, embora a
possibilidade seja vedada pela Lei das Estatais. A oferta foi
prontamente recusada por Bebianno. “Não estou aqui por causa de
emprego”, justificou hoje.
Questionado sobre o clima acirrado no encontro com Bolsonaro de
ontem, relatado por interlocutores, Bebianno minimizou e disse que cada
um teve a oportunidade de dizer o que pensa. Ele afirmou, ainda, que
Bolsonaro mencionou, “por alto”, as suspeitas de que Bebianno estaria
vazando informações para a imprensa, o que, segundo aliados, irritou o
presidente.
Na madrugada deste sábado, Bebianno publicou um texto em redes
sociais sobre lealdade. Indagado sobre o teor da publicação, que foi
visto como uma indireta para Bolsonaro, disse apenas que “foi uma
mensagem que teve vontade de publicar”.
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